50 anos depois do 25 de Abril, os portugueses não têm grandes dúvidas de que a democracia é “preferível a qualquer outro regime político”. É esta a convicção de 87% dos portugueses ouvidos para o estudo 50 anos de Democracia em Portugal: Aspirações e Práticas Democráticas – Continuidades de Mudanças Geracionais (ISCSP/CAPP).
Esta “radiografia”, de que o jornal Público é parceiro e chama hoje à capa, parte de inquéritos presenciais a 1327 pessoas, sendo quase um quarto delas jovens ou jovens adultos.
Do total de inquiridos, 70% responderam considerar um “governo de especialistas” – com peritos a tomar decisões em vez de um parlamento eleito – uma solução “muito boa” para Portugal. Os investigadores acreditam que a perceção de que estas pessoas são imparciais e independentes de interesses, e mais eficientes do que os políticos, ajuda a explicar a grande percentagem que considera que esta seria uma solução governativa para o País.
Outra das opções apresentada aos participantes do estudo foi a de um “líder forte que não tenha de se preocupar nem com o parlamento, nem com as eleições” e esta recolheu a anuência de 47% entre os que consideram que esta é mesmo uma hipótese “muito boa” ou “boa”.